Neuroestimulador medular
• 2 • 308
Por Dr Antônio Prates, Neurocirurgião especialista em Coluna e Dor
O implante do neuroestimulador medular é uma técnica que permite o tratamento de quadros de dor que não melhoraram com os outros tratamentos.
Uma das principais indicações é a síndrome da falha na cirurgia de coluna, antes chamdada de síndrome pós-laminectomia. São casos em que mesmo após correção cirúrgica adequada do problema a dor persiste ou às vezes até piora. Muitas vezes, não há mais alteração nos exames de imagem que justifiquem a dor, porém ela está lá e não melhora.
Outra indicação é síndrome dolorosa regional complexa. Nesse caso, existe um fator desencadeador da dor, porém ela persiste e piora com o tempo e não há uma alteração anatômica que possa ser tratada. O tratamento inicial é com medicamentos e bloqueios. Mas, em casos em que não houve melhora com outros tratamentos, a neuroestimulação medular é um dos mais efetivos.
Também é utilizado no tratamento de outras dores neuropáticas (com origem no sistema nervoso), dor isquêmica nas pernas e angina refratária (dor no coração que não melhora com o tratamento cardiológico).
Nesse procedimento, implantamos eletrodos no espaço peridural (dentro da coluna) que são ligados a um gerador que fica abaixo da pele. É um procedimento pouco invasivo e o paciente pode receber alta no mesmo dia ou no dia seguinte. O efeito já é imediato após ligarmos e programarmos o gerador. Os aparelhos mais recentes são recarregáveis e compatíveis com a realização de exames de ressonância do corpo inteiro.
Na grande maioria das vezes, existe alguma possibilidade de tratamento para a sua dor. O neuroestimulador medular traz mais qualidade de vida e alívio para os pacientes com dores crônicas na coluna e nos membros.
Existem indicações específicas para o implante do neuroestimulador medular. Procure um especialista para mais informações. Veja outras informações sobre coluna e dor aqui.