Malformação de Chiari
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Por Dr Antônio Prates, Neurocirurgião
A malformação de Chiari refre-se a um grupo de doenças em que ocorre alteração no desenvolvimento da transição entre a cabeça e o pescoço (transição craniocervical). Isso permite a descida de conteúdo da cabeça para o canal vertebral na coluna. São divididas em 4 tipos, I a IV, sendo que o tipo II é o mais comum e está relacionada a mielomeningocele. Os tipos III e IV estão associados à malformações cerebrais graves. Geralmente o diagnóstico dos tipos II, III e IV é realizado antes ou ao nascimento.
O tipo I geralmente se manifesta entre 30 e 50 anos. É definido como a descida das tonsilas cerebelares através do forame magno (abertura que dá passagem do crânio para a coluna). É mais comum em mulheres e se manifesta como dor de cabeça na região occipital (nuca), formigamentos nas extremidades, alterações de força nas extremidades e desequilíbrio. O principal sintoma é a dor de cabeça que se agrava pelo esforço, tosse, espirro ou gargalhada.
A malformação de Chiari tipo I pode causar uma alteração medular chamada de siringomielia. Essa é decorrente da obstrução à circulação normal do líquido da coluna, causando a dilatação do canal central da medula. A siringomielia se manifesta por formigamentos, alterações sensitivas e motoras nos níveis abaixo do local alterado. Também podem ocorrer alterações no controle dos esfíncteres com retenção ou incontinência urinária e fecal.
Muitos pacientes apresentam alteração em exames de imagem compatível com malformação de Chiari tipo I, porém não tem sintomas ou apenas uma dor de cabeça não característica. Nesse caso o tratamento é apenas observação e acompanhamento. Para aqueles com sintomas atribuíveis ou complicações (como a siringomielia) é indicado tratamento cirúrgico.
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Dr Antônio Prates, Neurocirurgião em Belo Horizonte e região metropolitana de BH